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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

CAMILA MARIA SILVA NASCIMENTO
( Brasil – Ceará )

 

Nasceu em Milagres – Ceará – Brasil no dia 26 de janeiro de 1952.  Atualmente reside em São Luís / Maranhão.
É graduada em Letras, Mestra em Teoria Literária, Literatura Brasileira e Literatura Infanto-juvenil na Universidade Estadual do Maranhão.
Publicações na Revista Garrafa: Dilercy Adler: a tecelã de Eros nos trópicos maranhenses (2011); De Pessoa a Tribuzi: uma leituraa contemporânea do mito sebastianista (2011); A narrativa picaresca em letras do Romantismo (2012).
 

 

I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO
BRASIL construindo pontes.
Dilercy Aragão Adler (Organizadora).
São Luis: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018.   2978 p.
ISBN 978-85-68280-12-6   No 10 353

 

RIMAS DA VIDA

Será virtude ou destino cantar na vida?

O cantador e o narrador, ambos gostam de cantar.

O primeiro faz a rima, o segundo o prosear.

A rima soma com a prosa e a histórias se encontrarão
Enredos de vidas, de nós e das coisas viram canções.

Meu pai era um tocador, nas tardes de solidão!
Tocava naquelas cordas os queixumes do sertão.

Era também escultor que talhava na madeira
As imagens da cultura, do povo e do artesão.

Destino não quis sua arte, mas vontade não lhe faltou.
E o violão cantou alto, suas cordas ele tocou.

Tocava em lamentos tristes, também o preço do pão!
Que não o deixou viver da arte, nem de sua canção.

E um dia... calaram-se:  ele e o violão!


POIÉSIS

Vamos poetar?
Eu, tu e ele podemos...
E cantemos nossos sonhos!

Quem disse que a poesia
Não é pão dos homens
Se ela nos humaniza?
Dizer que a poesia é inútil
E negar a utilidade da emoção
Que na poesia se transfigura.

Pois, o que é o poema
Senão, o sentimento tornado palavra?

E o que é a poesia
Senão, a manifestação da angústia existencial?

Por isso, eu quero a poiésis,
Como essência da minha existência!


CAMISA DE FORÇA?

Esta eu não aceito, pois não pretendo
Entrar numa caixa que não me cabe
Nem me definir como algo que não sou

Não aceito que arrebatem de mim
Os sentimentos dos que há muito me fiz
E do ser que me fui formando ao longo da vida

Sou a soma da vida e dos anos que sempre quis
e não posso me perder dessa busca essencial
Ser tão somente esposa, mãe e dona-de-casa?

Quero ser bem mais que esses títulos ou pechas
E não me vejo acorrentada a ninguém que não me aceite
Verdadeira face de mim, nem você, oh meu amor!

Porque sou essência de mim mesma
E não aceito a camisa de força na qual me queres
Pois distante de mim eu não irei, pois a vida que quero

Esta, essencialmente, em mim e no que quero ser
Ela não está em você, nem na vida absurda e ameaçada
Que, equivocadamente, escolheste e queres para mim!



A FALTA QUE FAZ

O que sobra de mim...
Quando não estou trabalhando
Quando  não estou viajando
Quando não estou sozinha
Quando não sou a mãe
Quando não sou a esposas
Quando não sou a patroa
Quando não sou o exemplo
Quando não estou vestida
Segundo os padrões sociais?
Sobram carências e faltas
Que faz um ouvido para ouvi-las
Que faz um olhar compassivo
Que faz um ombro de apoio
Que faz um colo que abrigue
Que faz um sorriso largo
Que fazem braços abertos
Que fazem mãos prontas ao afago
O que falta em mim?
Não apontar o dedo para julgar
Pois somos filhos da mesma Cepa.

 

*
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Página publicada em março de 2025.       

 

 

 
 
 
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